segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Antropologia portuguesa: um processo
Uma saudação a abrir. Este vai ser um dos meios ao dispor da cadeira. Na sessão inicial, fizemos uma abordagem processual da antropologia portuguesa, centrada parcialmente na obra de João Leal que faz parte da bibliografia, dilatando-a dos precursores às zonas de sombra actuais. Entre os discursos sobre a identidade nacional num tempo longo, as tradições inventadas e a memória da nação, interrogámos a construção dessa identidade ao longo dos quatro grandes períodos sistematizados por João Leal: 1870-80 e a antropologia como campo disciplinar (o período das grandes colectas); 1880-90 e a diversificação de objectos; 1910-20 e a identidade entre «cultura popular» e «arte popular»; 1930-70 e as três correntes («política do espírito», equipa de Jorge Dias, críticos ao Estado Novo). A seguir, em corte com a edificação da nação, interrogámos a obra de estrangeiros e estrangeirados que, nos anos '60, se debruçaram sobre o território português e iniciámos a abordagem das etnografias do pós-25 de Abril. A foto aqui proposta, feita em Maio de 2009 em Lisboa, será estimulante para o entendimento duma visão actual da nação?
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