Percorremos com ele a vida anual duma aldeia do concelho de Bragança em que um dos nossos grupos permanecerá em Dezembro próximo, culminando nas festas de Santo Estêvão. O esforço humano, nas segadas e nas debulhas do cereal que culminam os ritmos anuais da produção, fica patente na emulação do trabalho e na conjugação inevitável de esforços, expressa nos gestos dos homens que malham o cereal na eira, filmados a preto e branco. A aldeia ilumina-se e o filme ganha cor com a festa de Santo Estêvão em 26 de Dezembro, com os mascarados, as galhofas e as distribuições alimentares generalizadas a conferirem um ritmo denso, acelerado. 
Em Máscaras, de Noémia Delgado, a realizadora filma várias das festas do ciclo de Inverno, que passou a conhecer através da obra de Benjamim Pereira Máscaras Portuguesas que saíra em 1973. Em imagens belíssimas, captadas num período particularmente marcado pela busca do «popular», a seguir à queda da ditadura, mostra-nos um conjunto de cerimónias de Inverno nos concelhos de Bragança, Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e Mogadouro, algumas das quais revisitadas por nós este ano.

Finalmente, somos brindados com um filme pouco conhecido e mais antigo que os anteriores, que nos foi sugerido pela Cinemateca. Trata-se de Imagens de Portugal 266 , um pequeno filme de 1963 sobre a festa de Torre D. Chama.



















