quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Visionamento de filmes no Anime

No próximo dia 4 de Dezembro às 9h30, com a colaboração da Cinemateca Museu do Cinema - a quem devo igualmente a cedência das imagens que ilustram este post - assistiremos à projecção de 3 filmes, nas instalações do Anime, perto de Bucelas. Assim, veremos Festa, trabalho e pão em Grijó de Parada, de Manuel Costa e Silva, uma obra de 1973 precursora de outros olhares sobre Trás-os-Montes. Percorremos com ele a vida anual duma aldeia do concelho de Bragança em que um dos nossos grupos permanecerá em Dezembro próximo, culminando nas festas de Santo Estêvão. O esforço humano, nas segadas e nas debulhas do cereal que culminam os ritmos anuais da produção, fica patente na emulação do trabalho e na conjugação inevitável de esforços, expressa nos gestos dos homens que malham o cereal na eira, filmados a preto e branco. A aldeia ilumina-se e o filme ganha cor com a festa de Santo Estêvão em 26 de Dezembro, com os mascarados, as galhofas e as distribuições alimentares generalizadas a conferirem um ritmo denso, acelerado.



Em Máscaras, de Noémia Delgado, a realizadora filma várias das festas do ciclo de Inverno, que passou a conhecer através da obra de Benjamim Pereira Máscaras Portuguesas que saíra em 1973. Em imagens belíssimas, captadas num período particularmente marcado pela busca do «popular», a seguir à queda da ditadura, mostra-nos um conjunto de cerimónias de Inverno nos concelhos de Bragança, Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e Mogadouro, algumas das quais revisitadas por nós este ano.



Finalmente, somos brindados com um filme pouco conhecido e mais antigo que os anteriores, que nos foi sugerido pela Cinemateca. Trata-se de Imagens de Portugal 266 , um pequeno filme de 1963 sobre a festa de Torre D. Chama.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mais fotos da ida aos fados


A Ana Frazão e o seu grupo também fizeram fotos da nossa ida aos fados no «Vai Tu». São essas fotos que aqui deixo.
















Os antropólogos afadigavam-se a fazer notas de terreno...




segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Como se faz um projecto

Grande parte dos alunos optou por ser avaliada através dum trabalho, o que requer, como sabem, um estudo de terreno. O princípio de tudo, a «declaração de intenções», o guia precioso a que sempre voltarão enquanto estiverem a realizar o vosso estudo, é o projecto. No dia 25 às 15 horas, na sala 303, haverá uma sessão sobre a feitura dum projecto, com as instruções necessárias para o levar a cabo. É importante que nela participe pelo menos uma pessoa por grupo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Alojamento em Trás-os-Montes


Não, não é no pombal de Varge que vêem na foto acima que ficarão alojados. Depois de recuperados, estes pombais vêm sendo reconvertidos em T0 para noivos - os «pombinhos» - passarem a noite de núpcias...
Quanto ao vosso alojamento, acabei de fazer o último contacto e já todos têm local garantido. Não será o Ritz, mas terão onde esticar o saco-cama, aquecer-se, cozinhar e tomar banho. Aqui vai a lista dos sítios em que ficarão:
Grupo 1: Vítor Augusto e Francisco Ventura, em Parada de Infanções, Bragança, com Festa de Santo Estêvão, tendo o Sr.Norberto Costa e a esposa, como o restante colectivo da Junta de Freguesia, envidado todos os esforços para conseguir alojamento;
Grupo 2: João Sousa e Roman Beiu, em Duas Igrejas, Miranda do Douro, com Festa de Santo Estêvão. O Senhor Domingos Augusto Ruano, presidente há 20 anos da Junta de Freguesia e que há dois anos alojou um outro grupo, recebe-vos no mesmo local que serviu para os vossos colegas;
Grupo 3: Pedro Osório, João Miguel e Pedro Mogárrio: Samil, Bragança, com Mesa de Santo Estêvão. O Presidente Eduardo Joaquim Portela mostrou a melhor disposição para vos receber, decidindo de imediato, sem hesitações;
Grupo 4: Bruno + 1, Grijó de Parada, Bragança, com Festa de Santo Estêvão. Uma presidente de Junta com um notável dinamismo e simpatia, Maria Helena Santos, informou desde logo que ficam alojados na casa da sua sogra, que está vazia, depois de lhe serem feitas umas limpezas;
Grupo 5: Ana Candeias, Ana Dâmaso, Kinga Németh, Petisqueira, Bragança (para tratar a fronteira e as memórias da guerra civil de Espanha). O presidente da Junta de Deilão, a sede de freguesia, Sr. Manuel Inácio, que já acolheu estudantes noutros anos quer em Deilão, quer em Vila Meã, nem hesitou: que venham, serão bem recebidas na Petisqueira!
Forneço-vos pessoalmente os contactos dos presidentes de junta que tão simpaticamente acederam a acolher-vos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Por terras de Miranda e Mogadouro, em 2007

Escolhemos o planalto entre Sabor e Douro para o terreno de 2007. Em alguns grupos estudavam-se as festas com máscaras, noutros a vida de fronteira.

As estudantes que ficaram em Tó, a estudar uma festa com várias etapas rituais cumpridas pelos jovens.

Na Bemposta, concelho de Mogadouro, na passagem de ano 2007-8, enquanto aguardavamos a licitação da máscara do chocalheiro.

Em Bruçó, entre as «madames» e os «velhos», um grupo de antropólogos que visitei já perto do final da estadia de terreno, já com tudo a saber a despedida e muitas lágrimas...


O grupo de Vila Chã, que teve de ficar alojado em Picote.



Os jovens antropólogos de Duas Igrejas viveram uma tragédia com a aldeia: na noite de natal, dois jovens despistaram-se num automóvel na estrada gelada e morreram. Não houve festa, como é de calcular.

Com Aureliano Ribeiro, que além de filho dum dos melhores tocadores de flauta das terras de Miranda, Vergílio Cristal, faz capas de honras na sua oficina de Constantim.

Em Constantim, entre gelo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Recensões a entregar no dia 18

Lembra-se quais as obras cujas recensões deverão ser entregues na próxima 4ª Fª:
BRITO, J. Pais de (1996) Retrato de aldeia com espelho – Ensaio sobre Rio de Onor, Lisboa, D. Quixote;
GODINHO, Paula (2006) O leito e as margens - Estratégias familiares de renovação e situações liminares no Alto Trás-os-Montes raiano, Lisboa, Colibri/IELT;
LEAL, João (1994) As Festas do Espírito Santo nos Açores, Lisboa, Publicações D. Quixote;
WALL, Karin (1998) Famílias no Campo – Passado e presente em duas Freguesias do Baixo Minho, Lisboa, D. Quixote.

Fados no Vai tu


Ontem à noite fomos aos fados, no Grupo Excursionista Vai tu, na Bica. Fomos acolhidos pela D. Águeda, uma jovem que preside à direcção do clube e que passou uma noite muito atarefada a servir as mesas repletas de gente - há que reservar com antecedência.
Nas paredes, iconografia acerca do clube e do fado, nomedamente uma foto de Fernando Farinha, ou não tivesse sido ele o «miúdo da Bica».
A apresentadora, D. Amélia Vieira, que sucessivamente reiterava que "aqui somos como uma família", ia fazendo desfilar os fadistas que, depois do último intervalo e por terem aparecido em grande número, tiveram de limitar as suas performances. Em constantes remoques cúmplices com o guitarrista - e fadista - José Manuel Castro, os fadistas pareciam apostados em confirmar o carácter familiar do evento.
Aqui ficam algumas fotos dos fadistas (não são exaustivas, não consigo pôr todos), tiradas por mim e pelo António Monteiro Cardoso, aguardando as vossas.








Por fim, aqui fica o nosso grupo de antropólogos.

Gosto de ti como és


Na próxima 5ª Fª, às 16 horas, vamos ver o filme de Sílvia Firmino, de 2005, na sala 303. Trata-se duma obra notável, muito premiada, em torno da marcha da Bica e dos que a fazem.


GOSTO DE TI COMO ÉS / I LOVE YOU AS YOU ARE
Documentary | 57 min | Portugal | 20
Realização | Sílvia Firmino
Imagem | João Ribeiro
Camera adicional | Sílvia Firmino
Som | Olivier Blanc
Montagem | João Nicolau + Sílvia Firmino
Produção | Laranja Azul

Sinopse
Uma família de Lisboa. Um bairro antigo e uma Marcha Popular: a Marcha da Bica. Este documentário constrói-se na aproximação a este sítio e a estas pessoas. Do sentido local do acontecimento popular à dimensão universal do desejo de sucesso, das vivências em comunidade e da procura da glória por mais efémera ou transitória que seja. Ensaios, conversas em família, encontros à esquina até à chegada do momento preparado ao longo de três meses: a apresentação pública da Marcha e a sujeição à avaliação de um júri. A expectativa e a crença na vitória crescem até de manhã quando a notícia chega ao bairro.

Prémios
• Prémio Melhor Filme Realizado em Ambiente Mediterrâneo, Festival Internacional de Cinema Documentário da Sardenha, 2006
• Prémio Tóbis Melhor Documentário, Doclisboa, Festival Internacional de Cinema Documentário , 2005
• Prémio Escolas/IPJ Melhor Documentário, Doclisboa, Festival Internacional de Cinema Documentário, 2005

Apresentações (selecção)

Doclisboa, Festival Internacional de Cinema Documentário de Lisboa | 44º Fest. Int. de Cin. Documentário de Leipzig, Alemanha | Astra, Fest. Int. de Cin. Documentário, Roménia | Viscult, Fest. Int. de Cin. Documentário, Filândia | Fest. Int. de Cin. Documentário de Maputo, Moçambique | Fest. Int. de Cin. Documentário da Sardenha, Itália | Fest. de Cin. Português de Vancouver, Canada | DocPoint – Fest. Int. de Cin. Documentário de Helsinquia, Filândia | Mostra de Cin. Documentário do Rio de Janeiro, Brasil | Premis Tirant, Festival de Cinema de Valência | Rádio Televisão Portuguesa – RTP2 (informação retirada de http://sindicato.biz/silvia/?page_id=16)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Falemos de Trás-os-Montes


Já não falta muito para que os grupos que vão trabalhar acerca das festas do ciclo dos 12 dias partam para o terreno transmontano. Para preparar essa ida e para apresentar o contexto, tal como em anos anteriores, vamos iniciar um conjunto de reuniões na próxima quarta-feira, dia 18, na sala 303. É importante que esteja presente pelo menos uma pessoa de cada grupo.

Festa do IELT e das Cramol


Considerem-se convidados!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fados no Grupo Excursionista Vai Tu


No próximo domingo é que vamos aos fados! Tudo combinado com a D. Águeda, directora do clube, temos uma reserva de mesa para 9, a que poderão depois juntar-se mais 6. Aqueles que vão jantar podem encontrar-se à saída do metro da Baixa-Chiado, perto da Brasileira, às 20 horas. Os outros, podem ir ter ao Vai tu às 21, já que os fados começam pouco depois.O grupo é no bairro da Bica, na rua da Bica de Duarte Belo.

Nota: Na aula os estudantes chamaram-me a atenção para um erro que já aparece agora corrigido. É cansaço.